Súmula Histórica

Aljubarrota é uma vila antiquíssima, o seu nome está ligado à célebre batalha que deu a vitória ao rei D. João I, em 14 de Agosto de 1385, contra o invasor castelhano. Tornou-se um dos mais fortes símbolos de independência, coesão e orgulho nacional.

A situação de Aljubarrota, numa linha de alturas que se prolongava até aos campos de S. Jorge tornou privilegiada a sua geografia para ser escolhida como palco da famosa batalha, tendo na retaguarda as terras férteis do Mosteiro de Alcobaça e situando-se na encruzilhada de estradas que vão dar a Lisboa.

A povoação conserva a traça antiga de natureza histórico-medieval, com prédios caracterizados pelo uso de cantaria, colunas, janelas de geometria vária, cor branca nas paredes e volumetria que não ultrapassa o primeiro andar.

Aljubarrota foi sede de concelho até à reorganização administrativa de 1855. O seu território dividia-se em duas freguesias: S. Vicente e Nª Sª dos Prazeres. Após a reorganização administrativa do território das freguesias (Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro), as freguesias de S. Vicente e de Nª Sª dos Prazeres, foram extintas, dando lugar apenas à Freguesia de Aljubarrota, cujo edifício sede, na Praça do Pelourinho, constitui um dos mais belos conjuntos do País, no género.

Teve Carta de Foral antigo outorgado pelo Abade de Alcobaça D. Martinho I, renovado pelo rei D. Manuel I em 1514. Foi uma das treze vilas que constituíram os Coutos da Abadia Cisterciense de Alcobaça.

A Vila é rica em motivos arquitetónicos, memórias históricas e pedras ancestrais, que constituem um museu vivo da História portuguesa.

Nos tempos atuais Aljubarrota voltou à categoria de Vila, sendo, para além do seu peso histórico, o centro de uma zona rica pela sua atividade económica, não só agrícola (vinhos e fruta de grande qualidade), como também industrial, tendo relevo as prósperas unidades de porcelanas, cerâmicas de construção, bem como a extração e laboração de pedras, de designação consagrada, tais como "Ataíja" e "Moleanos".